Há alguns meses atrás, eu havia lembrado de uma corrida que gostaria muito de participar, que era o revezamento Bertioga-Maresias, pois meu irmão Thiago Freitas havia participado e só tinha comentários positivos sobre a corrida, exceto um específico que me chamou a atenção: O último trecho, que eu corri foi o pior trecho, pois havia uma serra com 3 km de subida, não é qualquer subida, uma ladeirinha qualquer, é muito foda, é desumano, isso não dá!!!!
Fiquei com esse pensamento na cabeça.
O tempo passou, eu comecei com o Crossfit, sem o objetivo de correr o revezamento e ao fazer algumas corridas senti que realmente estava bem condicionado, como a tempos não estava.
Corridas de 8km, 10km já não eram um martírio pra mim.
A inscrição pra corrida começou, eu e meu irmão conversamos sobre participarmos da corrida e de cara topamos.
Definimos a equipe, quem correria os trechos e surgiu uma questão.
Thiago Freitas gostaria de correr outro trecho, até pq conheceria outro lugar e no fundo pq o 8º Trecho era o mais foda.
Acabamos trocando, eu sinceramente não sabia o que estava fazendo e em diversos momentos me perguntei: Pq vou correr esse se ele disse que é o pior trecho, com a subida lazarenta???
Enfim, mantivemos a troca, eu não desisti e em todo momento ele dizia: Vc não vai correr todo o trecho, não pq vc não consegue, pq realmente é de matar, é realmente muito difícil.
Fato, o trecho é muito difícil, é um dos mais desafiadores, pelo menos pra mim e na opinião de outras pessoas também.
Dia 18 de maio chegou, 7:30 estávamos todos em Bertioga a postos, aguardando aquele que seria um grande desafio, pelo menos pra mim.
E a cada pessoa com quem eu conversava ao término do seu respectivo trecho, me deixava cada vez mais tenso e apreensivo sobre o que me aguardava em breve e sendo o último a correr só mataria a minha curiosidade exatamente ás 15:47, quando a Marcia com uma animação sem tamanho me passou o chip, pra a partir deste instante descobrir o mais temido percurso.
Não vou dizer que era fácil, que foi tranquilo, que eu me saí bem demais. Realmente é muito difícil, é um trecho que põe vc a prova, testa o seu psicológico, testa o seu físico. Eu me perguntei diversas vezes: Será que eu consigo chegar ao final????? E a resposta á isso veio com as imagens que eu tinha de toda a equipe, seja chegando ou saindo pra correr e o esforço que cada um fez pra completar o seu trecho, esse foi o incentivo junto com a imagem do meu irmão chegando ao final do seu trecho "morto" dizendo: Eu não andei, frase tb repetida pela Marcia. Estes foram os grande incentivos pra eu completar o meu trecho e a prova pra equipe.
Eu completei o trecho, morto, com muita sede, feliz, feliz demais por poder completar e a única coisa que eu queria era dar um abraço no meu irmão. Pq só ele sabia o esforço que eu havia feito e só ele saberia o quanto foi difícil pra terminar o trecho.
Enfim, completei mais uma etapa ou melhor a equipe completou mais essa etapa.
Sobre a equipe:
Formamos uma equipe, que por sinal foi a melhor possível, fizeram o nosso dia ficar divertidissimo, desde as formas de incentivo da Eléa Carta, que queria apenas a medalha, do grito de comemoração da Marcia Miya ao me passar o chip, dos gritos de "vai corinthians!!" da Luize Sommagio que é o PERFORMANCE da TF Sports, da apreensão da Karen Camatta em correr a sua primeira prova, das risadas do Raphael Alho a cada palhaçada que falávamos do Vinicius Damsceno com o banho de lama em quem ousasse parar na sua frente e o meu Irmão que me deu um puta susto quando demorou pra finalizar o seu trecho, me deixando super preocupado, mas me deu um incentivo master pra correr.
Parabéns a nós todos.
